MEMÓRIA = HISTÓRIA?
MEMÓRIA X HISTÓRIA?
MEMÓRIA/HISTÓRIA?
Memória. Conceito tão ligado à História, que, de certo modo, se confunde com esta e que para alguns a antecede.
As relações entre memória e história, e o conjunto de atos individuais e coletivos que lhes dão materialidade e espessura política devem ser levados em conta por um documentário que aborda um evento 50 anos depois de seu acontecimento, baseando-se no testemunho daqueles que viveram o evento tomado como objeto. Este é o caso de A REVOLTA, que, mais que um produto audiovisual, é uma espécie de tratado sobre a relação Memória/História, no qual se fez questão de não negligenciar o processo de construção de versões acerca do que tenha sido do movimento do levante dos posseiros no sudoeste do Paraná.
Este movimento civil, que foi o único levante agrário armado vitorioso da história do Brasil, ainda não tem uma versão histórica definitiva, não consta dos livros didáticos (nem mesmo do Paraná ou dos municípios em que aconteceu), e não é contado aos jovens brasileiros, paranaenses, beltroneneses ou pato-braquinos. Ele resiste em poucos livros e nas memórias daqueles que viveram a revolta, portanto, mais de cinco décadas depois de ter ocorrido, ainda é um evento histórico em vias de construção.
A estrutura de funcionamento da Memória, com seus lapsos e espaços, a História, com suas diferentes, e às vezes contraditórias versões, foram os guias que nortearam a viagem que fizemos àquela região fronteiriça do país, que é o Sudoeste do Paraná. Estes guias estiveram presente também durante todo o processo de montagem do filme. Para nós era muito evidente que não faríamos UMA ou A versão da História, mas uma espécie de apanhado de diferentes versões que se complementassem e se digladiassem formando uma espécie de colcha de retalhos, ou quebra-cabeça acerca do tema abordado, contribuindo como gatilho detonador de novos debates acerca da revolta.
A esperança era e ainda é que, tornando A REVOLTA conhecida no país inteiro, este documentário contribua para que historiadores, sociólogos o humanistas em geral se voltem para este tema tão caro (quanto desconhecido) à história nacional. Aly Muritiba
As relações entre memória e história, e o conjunto de atos individuais e coletivos que lhes dão materialidade e espessura política devem ser levados em conta por um documentário que aborda um evento 50 anos depois de seu acontecimento, baseando-se no testemunho daqueles que viveram o evento tomado como objeto. Este é o caso de A REVOLTA, que, mais que um produto audiovisual, é uma espécie de tratado sobre a relação Memória/História, no qual se fez questão de não negligenciar o processo de construção de versões acerca do que tenha sido do movimento do levante dos posseiros no sudoeste do Paraná.
Este movimento civil, que foi o único levante agrário armado vitorioso da história do Brasil, ainda não tem uma versão histórica definitiva, não consta dos livros didáticos (nem mesmo do Paraná ou dos municípios em que aconteceu), e não é contado aos jovens brasileiros, paranaenses, beltroneneses ou pato-braquinos. Ele resiste em poucos livros e nas memórias daqueles que viveram a revolta, portanto, mais de cinco décadas depois de ter ocorrido, ainda é um evento histórico em vias de construção.
A estrutura de funcionamento da Memória, com seus lapsos e espaços, a História, com suas diferentes, e às vezes contraditórias versões, foram os guias que nortearam a viagem que fizemos àquela região fronteiriça do país, que é o Sudoeste do Paraná. Estes guias estiveram presente também durante todo o processo de montagem do filme. Para nós era muito evidente que não faríamos UMA ou A versão da História, mas uma espécie de apanhado de diferentes versões que se complementassem e se digladiassem formando uma espécie de colcha de retalhos, ou quebra-cabeça acerca do tema abordado, contribuindo como gatilho detonador de novos debates acerca da revolta.
A esperança era e ainda é que, tornando A REVOLTA conhecida no país inteiro, este documentário contribua para que historiadores, sociólogos o humanistas em geral se voltem para este tema tão caro (quanto desconhecido) à história nacional. Aly Muritiba
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